[Artigo de Eliane Bernardino publicado no jornal Extra, do Grupo Globo, em fevereiro de 2018]

Aconteceu, no mês de janeiro, o maior evento mundial sobre varejo: a NRF Big Show 2018 – ou, simplesmente citado, por muitos, como “NRF”. Na realidade, “NRF” é a sigla da National Retail Federation, que é a associação norte-americana do varejo que realiza esta grande convenção no gigantesco pavilhão Javits Center, em Nova York, para apresentar as principais tendências, discutir casos de sucesso e promover reflexões sobre as inovações do mercado. Foram mais de 30 mil participantes de 95 países – dos quais, mais de 2 mil congressistas brasileiros – a segunda maior nacionalidade após os americanos, claro. Em paralelo à Convenção, acontece uma Feira de tecnologia e soluções para o varejo que, este ano, contou com mais de 600 expositores.

O empresário e o profissional de varejo que buscam o sucesso precisam acompanhar as inovações mundiais. Não é mais possível ficar na mesmice e ter parâmetros do passado. A sobrevivência em um mercado tão disruptivo, em que a loja física é mais uma opção dentre tantos meios de comprar, e praticamente passou a ser um canal de mídia, exigem a atenção total de quem atua no varejo. Tornou-se urgente fazer uma profunda reflexão sobre os aspectos que o consumidor valoriza, nesse novo contexto de conexão à internet quase 24 horas por dia, e o novo comportamento do consumidor, que é bastante diferente do que ocorria há somente cinco ou dez anos. Proporcionar uma experiência memorável e estar atento à tecnologia e ao marketing de relacionamento, passou a ser tão (ou mais) importante quanto vender o produto que o cliente procura ou que a concorrência não tem. Isto não é mais um diferencial. Os indicadores de desempenho tradicionais não dão mais conta da realidade. Outras métricas ganharam importância e têm grande impacto no fortalecimento da marca e na geração de resultados.

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